Muitas vezes, antes de sermos mães, criamos a ideia de que nossos filhos serão extensões de nós mesmas. Imaginamos que eles compartilharão os mesmos gostos, reações e desejos. Mas, à medida que eles crescem, percebemos algo muito importante: nossos filhos são indivíduos únicos. Eles não são nossos “mini eus”, mas sim pessoas independentes, com personalidades próprias, vontades e necessidades.
Autonomia desde o início
Desde os primeiros momentos de vida, os bebês começam a expressar suas preferências e desejos. Embora a comunicação ainda seja limitada, eles têm suas próprias formas de manifestar o que querem e o que precisam. Esse é o início da autonomia. Por mais que nós, mães, tenhamos o instinto de proteger e direcionar, é fundamental lembrar que parte do nosso papel é respeitar e incentivar essa individualidade.
Respeitar a autonomia do seu filho significa não sobrepor constantemente seus desejos aos dele. Ao invés de tentar controlar cada situação ou decisão, busque envolvê-lo em pequenas escolhas desde cedo. Isso pode ser tão simples quanto perguntar qual roupa ele prefere vestir ou que brinquedo ele quer levar para o passeio.
A importância de ouvir
À medida que crescem, as crianças começam a expressar seus desejos e opiniões com mais clareza. E aqui está um ponto chave: elas querem ser ouvidas. O desejo de ser escutado e respeitado é uma necessidade humana básica, e com as crianças isso não é diferente.
Quando ouvimos nossos filhos, mostramos que suas opiniões têm valor. Isso fortalece a confiança e a autoestima deles, além de criar um vínculo mais profundo. Claro, nem sempre será possível atender a todas as demandas, mas o simples ato de escutar e explicar os motivos por trás de uma decisão já faz toda a diferença.
Envolvendo seu filho na rotina
Criar uma rotina familiar onde seu filho tem espaço para participar ativamente é uma forma poderosa de ensiná-lo sobre responsabilidade e respeito mútuo. Isso não significa que ele vai tomar todas as decisões, mas que você pode incluir pequenos momentos onde ele se sinta parte do processo.
À medida que ele for crescendo, envolver seu filho na criação de regras da casa, por exemplo, pode ser um ótimo exercício. Isso ajuda a evitar conflitos e a desenvolver habilidades importantes, como negociação e cooperação. Crianças que participam dessas decisões tendem a ser mais comprometidas em segui-las, porque entendem que suas opiniões foram levadas em consideração.
Adaptando sua rotina para incluir o novo membro
Se tornar mãe não significa perder sua própria identidade. Pelo contrário, significa encontrar maneiras de equilibrar sua vida, seus desejos e as necessidades do seu filho. Em vez de impor a ele todas as suas vontades ou ajustá-lo completamente à sua rotina, pense em como adaptar a dinâmica da casa para que ambos possam coexistir de maneira harmoniosa.
Isso também significa saber flexibilizar. Às vezes, algo que funcionou com o filho da sua amiga não será eficaz na sua casa, e está tudo bem. Cada família tem suas próprias necessidades e realidades, e encontrar o que funciona para você e seu filho é o mais importante.
A construção de uma relação baseada no respeito
Lembre-se: criar um filho é mais sobre construir uma relação do que moldar um comportamento. Essa relação é construída com respeito, paciência e, principalmente, amor. Assim como você respeita os adultos à sua volta, respeite as individualidades do seu filho, mesmo que ele ainda seja pequeno. Ele também precisa sentir que tem voz e espaço para ser quem é.
Em resumo, seu filho será sempre seu filho, mas ele é uma pessoa independente, com desejos e vontades próprias. A criação de um ambiente familiar saudável não é sobre impor sua vontade ou tentar encaixar seu filho em uma imagem idealizada. É sobre criar uma dinâmica de respeito, onde ambos possam crescer juntos, aprendendo e respeitando as diferenças um do outro.
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